A Mangueira, campeã do ano passado, causou polêmica desde que lançou o enredo “A verdade vos fará livre” do carnavalesco Leandro Vieira. A tradicional verde e rosa impactou com uma comissão de frente muito bem vestida e executando uma fantástica coreografia criada por Rodrigo Neri e Priscila Motta. Tratou-se de um desfile que questionou uma possível existência de Jesus Cristo nos dias de hoje numa comunidade pobre como a mangueirense. Partiu da biografia bíblica e foi descontruindo a imagem cristã eurocêntrica elitista e racista!
Agremiações
A Unidos do Viradouro, vice-campeã do ano passado, pisou na avenida para mostrar o enredo “Viradouro de alma lavada” assinado pelos carnavalescos Marcus Ferreira e Tarcísio Zanon. Chamaram atenção o intérprete Zé Paulo Sierra, a bateria do mestre Ciça e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Julinho Nascimento e Rute Alves. A escola niteroiense homenageou as Ganhadeiras de Itapuã, mulheres que lutaram pela liberdade no fim do século XIX e resistiram através de um grupo musical com o mesmo nome!
ESTÁCIO DE SÁ
A Estácio de Sá foi campeã da Série A ano passado e voltou ao Grupo Especial com a campeoníssima do Sambódromo carioca Rosa Magalhães, completando 50 carnavais em 2020, que levou para a avenida o enredo “Pedra”. A vermelho e branco, conhecida como berço do samba, sacudiu o público com a bateria comandada pelo mestre Chuvisco e a voz do intérprete Serginho do Porto. Muito interessante a relação feita entre o tema proposto e a história da própria agremiação, assim como o esmero no visual estético principalmente nas fantasias!