Em sua estreia na Mangueira o carnavalesco Sidnei França, campeão mais de uma vez no Carnaval de São Paulo, criou um desfile com visual meio opaco.
O enredo “À Flor da terra – No Rio da negritude entre dores e paixões” merecia um desenvolvimento que valorizasse mais a força da sua proposta.
A tradicional e popular verde-e-rosa poderia ter feito uma apresentação que se identificasse realmente com a sua história!
Comentário da Eliane Gentile:
“Apostando no enredo ‘À Flor da Terra, no Rio da Negritude entre Dores e Paixões’, a agremiação verde-e-rosa comprometeu-se em resgatar e evidenciar a história e influência dos povos bantos na construção e formação da identidade da cidade do Rio de Janeiro. O verso ‘O povo banto que floresce nas vielas’ correlaciona-se com o ciclo da existência, revelando que a morte não é o fim, mas a possibilidade de re-existir e resistir à finitude da vida, mantendo vivas as práticas e contribuições sócio-culturais entre os povos da favela e do asfalto cariocas. A Estação Primeira de Mangueira traz uma oportuna homenagem à memória da ancestralidade banto e seu necessário reconhecimento histórico, a despeito do apagamento que a história insiste em manter”.